segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Vale – últimas notícias e análise gráfica

A CISA (China Iron & Steel Association) voltou a destacar o otimismo dos produtores locais. Boa parte deste sentimento vem da recuperação dos preços no mercado spot, além do aço negociado para construção civil chinesa, que subiu 5,2% na semana passada, de acordo com dados da Umetal (Web site com informações sobre aços e matérias-primas com grande reputação na China).

O governo vai fiscalizar de perto o mercado de aço para apurar a prática de dumping (venda por preço abaixo do custo para afastar concorrentes), como alegam as siderúrgicas brasileiras. É o que afirmou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, nesta segunda-feira (09/02/09).

Na última sexta-feira (6), a ArcelorMittal negou oficialmente rumores a respeito de uma possível venda da siderúrgica de Tubarão. Os interessados, segundo os boatos, eram Usiminas (USIM5) e Vale (VALE5), esta última em uma joint venture com a chinesa BaoSteel.

O principal motivo dos boatos serem apenas boatos é o fato de a unidade de Tubarão ser considerada como "a jóia da coroa" da siderúrgica, já que apresenta um dos menores custos de produção do setor mundial. Além disso, a rede operacional da ArcelorMittal no Brasil depende diretamente da unidade de Tubarão sendo também uma parte importante da estratégia global da companhia.

Assim como a Usiminas, a Vale afirma que não teria muitos motivos para comprar a unidade de Tubarão. A mineradora já foi acionista da siderúrgica - antiga CST - e vendeu sua participação em 2004, para poder concentrar seus recursos no setor de mineração. Além disso, investir em siderúrgicas já instaladas não faz parte da estratégia atual da Vale.

Análise gráfica – o gráfico diário a seguir mostra a tendência de alta ganhando força (-Di em queda, +Di maior que –DI e ADX em ascensão). No gráfico semanal, vê-se claramente o descolamento em relação ao Ibovespa, além disso, +Di cruza acima de –Di pela primeira vez desde junho de 2008.

O (possível) início desta tendência havia sido aventado no informativo de 09/01/2009. Naquela ocasião os papéis da Vale haviam fechado o pregão cotados a R$28,23 (VALE5) e R$31,85 (VALE3) e hoje fecharam a R$31,52 (+11,65%) e R$37,60 (+18,05%) respectivamente.


Gráfico Diário



Gráfico Semanal



quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Vale fez a segunda maior captação da NYSE em 2008

A Vale fez a segunda maior captação nas Bolsas de valores de Nova York e Paris, na plataforma Nyse Euronext no ano de 2008. Ficando atrás apenas da captação da Visa, que movimentou US$ 20 bilhões, a Vale conseguiu captar US$ 12 bilhões em julho de 2008.

O ranking foi divulgado pela própria Nyse Euronext, a qual negocia mais de 40% dos valores negociados em bolsas de valores no mundo.


Gráfico diário Vale x Ibovespa



O gráfico acima mostra que a tendência de curto prazo é de alta há cerca de uma semana (quando +Di ficou acima de –Di e ADX começou a subir). Os preços fecharam o dia 03/02/2009 em R$ 29,00, ligeiramente abaixo do suporte de R$ 29,37.


Gráfico semanal Vale x Ibovespa


O gráfico acima mostra que a tendência (de queda) de médio prazo perdeu força a partir de 23/12/2008 (quando +Di inclinou-se para cima, –Di e ADX inclinaram-se para baixo).

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Vale: compra de ativos de minério de ferro e potássio

A Vale (VALE5) informou que celebrou com a Rio Tinto contrato de compra e venda para a aquisição, mediante pagamento a vista, de ativos de minério de ferro e potássio. O valor a ser pago pelos ativos de minério de ferro será de US$ 750 milhões e os depósitos de potássio serão adquiridos por US$ 850 milhões, totalizando US$ 1,6 bilhão.

Minério de ferro – o negócio envolve 100% das operações de mineração de minério de ferro a céu aberto de Corumbá, no estado do Mato Grosso do Sul, e ativos de logística, incluindo porto fluvial e barcaças. Corumbá produziu 2,0 milhões de toneladas métricas (Mt) de minério de ferro em 2008 e possui capacidade nominal para produzir 2,5 Mt por ano. Possuía ao final de 2007 reservas provadas e prováveis de 210 Mt, com teor de ferro de 67,0%, e recursos minerais de 583 Mt, com 62,7% de teor de ferro. A aquisição de Corumbá esta sujeita a aprovação de órgãos do Governo brasileiro.

Potássio – o negócio envolve 100% do projeto Rio Colorado, localizado nas províncias de Mendoza e Neuquen, na Argentina, e 100% do projeto Regina, província de Saskatchewan, no Canadá. O Rio Colorado compreende o desenvolvimento de mina com capacidade inicial de produção de 2.4 Mt de potássio (cloreto de potássio, KCI) e potencial para expansão até 4,35 Mt, construção de ramal ferroviário com extensão de 350 km, porto e planta de geração de energia elétrica. Os recursos minerais estimados chegam a 410 Mt. Regina encontra-se em estágio de exploração, tendo potencial para produção anual estimada de 2,8 Mt de KCI. A área do projeto já conta com infraestrutura para suprimento de água, energia e serviços de logística, permitindo o transporte do produto final ate Vancouver na costa oeste do Canadá, o que facilitara o acesso ao mercado asiático.

Petrobras – Balança comercial 2007-2008

A Petrobras enviou ao mercado a seguinte comunicação:

“Balança Comercial

Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 2009 – PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS, [Bovespa: PETR3/PETR4, NYSE: PBR/PBRA, Latibex: XPBR/XPBRA, BCBA: APBR/APBRA], uma companhia brasileira de energia com atuação internacional, informa o saldo da Balança Comercial da Companhia no ano de 2008, calculado com base nas exportações e importações de petróleo e derivados registradas em conformidade com as normas contábeis nacionais e internacionais utilizadas pela Companhia, sem considerar os dados de gás natural, gás natural liquefeito (GNL) e nitrogenados. Segue abaixo tabela com detalhamento das informações:



Em Milhares de Barris Diários
Jan a Dez/2008 Jan a Dez/2007
Importações
Óleo 373 390
Derivados 197 148
570 538
Exportações
Total de exportações de Óleos 439 353
Total de exportações de Derivados 234 262
673 615
Exportações Líquidas (Óleos e Derivados) 103 77

Em milhões de US$
Jan a Dez/2008 Jan a Dez/2007
Importações (*)
Óleo 14.102 10.420
Derivados 8.071 4.396
22.173 14.816

Exportações (**)
Total de exportações de Óleos 13.755 8.326
Total de exportações de Derivados 7.490 6.561
21.245 14.887
Exportações Líquidas (Óleos e Derivados) -928 71

*Valores FOB (sem o FRETE e o SEGURO)

**As exportações foram apuradas com base no valor total da transação, independentemente de modalidade comercial”

Petrobras descobre importante acumulação de gás em águas rasas

A Petrobras enviou ao mercado a seguinte comunicação:

“Descoberta de Importante Acumulação de Gás em Águas Rasas da Bacia de Santos

Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 2009 - PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS, [Bovespa: PETR3/PETR4, NYSE: PBR/PBRA, Latibex: XPBR/XPBRA, BCBA: APBR/APBRA], uma companhia brasileira de energia com atuação internacional, comunica que o Consórcio formado pela Petrobras (63% - Operadora) e Repsol (37%), para a exploração do Bloco BM-S-7, informa que a perfuração do poço 6-BRSA-661-SPS (6-SPS-53), localizado em águas rasas da parte sul da Bacia de Santos, no estado de São Paulo, comprovou a presença de espessa coluna de gás em reservatórios acima da seção salífera. 210 Km a sudeste da cidade de Santos, na costa do Estado de São Paulo, em lâmina d'água de 214 m (Figura abaixo). Sua perfuração faz parte das atividades exploratórias do Plano de Avaliação do poço 1-BSS-68, aprovado pela ANP, que havia constatado a presença de gás em reservatórios arenosos da seção pós-salífera.

A descoberta foi confirmada através de testes a cabo realizados nos reservatórios arenosos situados a partir de 3970 metros de profundidade.

O Consórcio dará continuidade às atividades exploratórias através da realização de testes de formação a serem realizados nos intervalos de gás já constatados, quando então será possível declarar a comercialidade desta jazida.

Esta descoberta tem grande importância devido ao potencial de produção de gás em águas rasas no sul da Bacia de Santos.”




Petrobras – Plano de Negócios 2009 – 2013

A Petrobras enviou o seguinte comunicado ao mercado:

“PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS

Companhia Aberta

FATO RELEVANTE

Plano de Negócios 2009 – 2013

Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 2009 – PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS, [Bovespa: PETR3/PETR4, NYSE: PBR/PBRA, Latibex: XPBR/XPBRA, BCBA: APBR/APBRA], uma companhia brasileira de energia com atuação internacional, comunica que seu Conselho de Administração aprovou, nesta data, o Plano de Negócios 2009-2013.

O Plano de Negócios 2009-2013 tomou como premissa o posicionamento estratégico definido no Plano Estratégico 2020. O Plano foi revisto e atualizado, levando-se em consideração mudanças no panorama da indústria quanto às incertezas macroeconômicas, os novos níveis de preços, oferta e demanda de petróleo & derivados, custos, aspectos geopolíticos e recursos críticos.

O Plano de Negócios não incorporou possíveis reduções de custos, no entanto, a companhia reconhece que o cenário é de queda nos preços e vai trabalhar fortemente para reduzir os custos dos bens, produtos e serviços usados em seus investimentos.

Mantendo o comprometimento de desenvolvimento sustentável temos como meta a ampliação da atuação nos mercados-alvo de petróleo, derivados, petroquímico, gás e energia, biocombustíveis e distribuição, sendo referência mundial como uma empresa integrada de energia.

A Visão da companhia de se tornar uma das cinco maiores empresas integradas de energia do mundo, tendo como pilares desse desenvolvimento a rentabilidade, responsabilidade social e ambiental e crescimento integrado, também foi mantida.

O Plano de Negócios 2009-2013 mantém metas agressivas de crescimento para a Companhia e incorpora recursos destinados a exploração e desenvolvimento das descobertas de petróleo na chamada camada pré-sal.

De acordo com o estabelecido no Plano de Negócios 2009-2013 as metas de produção de petróleo no Brasil são as seguintes: 2.680 mil barris de óleo por dia (bpd) em 2013, 3.340 mil bpd em 2015 e 3.920 mil bpd em 2020.

Além do Sistema Piloto de Tupi, que iniciará produção em 2010, estão previstos para o período (2009-2013) três sistemas para produzir no pré-sal da Bacia de Santos sendo Tupi 1 e Guará 1 em 2012 e Iara 1 em 2013. A adição de novos projetos de produção fez com que a meta 2015 do PN 2008-2012, de 2.812 mil bpd, se elevasse em 528 mil bpd.

Incluindo o gás natural, a produção doméstica alcançará 3.310 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2013, 4.140 mil boed em 2015 (685 mil boed a mais do que a meta do PN 2008-2012) e 5.100 mil boed em 2020.

No refino, a carga fresca processada no Brasil em 2013 será de 2.270 mil bpd. Estamos reafirmando nossa estratégia de crescer a capacidade de refino, buscando o equilíbrio com o crescimento da produção de petróleo da Petrobras, atendendo os níveis de qualidade de produtos requeridos pelo mercado. Nesse sentido, em 2011 entra em operação a Refinaria Abreu e Lima (Pernambuco). Em 2012 entra em operação o COMPERJ, em 2013 a refinaria Premium I e em 2014 a Premium II.

As metas internacionais também refletem o crescimento integrado da Companhia com estimativas de produção de óleo e gás de 341 mil boed em 2013.

A estimativa de produção de óleo e gás da Petrobras no Brasil e no exterior para 2013 é de 3.651 mil boed.

Considerando, pela primeira vez, as descobertas da camada pré-sal na Bacia de Santos, o plano prevê investimentos de US$ 174,4 bilhões, até 2013, representando uma média de US$ 34,9 bilhões por ano, sendo 90% (US$ 157,3 bilhões) no Brasil e 10% (US$ 16,8 bilhões) no exterior. Este montante representa um aumento de 55% em relação ao Plano anterior.

Quando comparado como PN 2008-2012 destaca-se o crescimento dos investimentos nos segmentos de E&P (aumento de 71%) cujo montante deve atingir US$ 92 bilhões, ou 53% dos US$ 174,4 bilhões aprovados para o período 2009-13. O segmento de Abastecimento, com 27% de participação, teve seus investimentos elevados para US$ 46,9 bilhões, representando 46% de aumento na comparação com o plano anterior. Destaca-se também o crescimento dos investimentos em Gás e Energia em 139%, representando 7% do total. Na atividade internacional, os investimentos seguem concentrados na área de Exploração e Produção, com foco na América Latina, Oeste da África e Golfo do México e o segmento de biocombustíveis receberá US$ 2,4 bilhões, por meio da nova subsidiária, Petrobras Biocombustível.

O crescimento dos investimentos deve-se a: US$ 47,9 bilhões referentes a novos projetos, US$ 17 bilhões referentes a aumento de custos devido ao aquecimento do mercado de equipamentos e serviços para o setor, US$ 2,9 bilhões em razão da alteração da premissa cambial e o restante referente a outros fatores tais como mudança no escopo dos projetos, no modelo de negócio, etc.

Dos US$ 47,9 bilhões em novos projetos, a área de E&P responde por 76,4% do montante, ou seja, US$ 36,6 bilhões. Pela primeira vez a companhia está empenhando esforços significativos na avaliação, desenvolvimento e produção de descobertas na chamada camada pré-sal das Bacias de Santos e do Espírito Santo. Dos novos projetos, cerca de US$ 28 bilhões relacionam-se com o desenvolvimento do Pré-Sal.

Em 2013, a meta de produção de óleo para o pré-sal é de 219 mil bpd. Já em 2015 essa produção atingirá 582 mil bpd e em 2020 1.815 mil bpd. Em 2013 a produção de gás natural do pré-sal disponibilizada para venda deve atingir aproximadamente 7 MMm3/d e em 2020 cerca de 40 MMm3/d.


A revisão do plano incorporou o novo cenário econômico e financeiro mundial, incluindo seus efeitos sobre o preço do petróleo, dentre outras variáveis. No entanto, se por um lado as flutuações de preço afetam as expectativas de receita no curto-prazo, o que pode acarretar em necessidades de substanciais captações durante 2009 e 2010, para fazer frente aos volumes de investimento, o consenso de mercado de preço médio do Brent para o período 2009-2013 é significativamente superior ao preço atual da commodity, o que leva o plano a ser consideravelmente ‘autofinanciável’.

Apesar da crise financeira atual, o balanço entre oferta e demanda de petróleo no longo prazo encontra-se apertado. Espera-se para o ano de 2009 uma capacidade excedente de produção em função da queda de demanda, fenômeno não observado desde 2000, no entanto, tal fenômeno não deve perdurar já que, a nível mundial, há esgotamentos dos campos existentes e um grande esforço de investimento está sendo direcionado para compensar o declínio de produção. A Petrobras trabalha com um preço médio do Brent de US$ 42 para analise de financiabilidade, alavancagem e retorno.

A meta de alavancagem financeira média de 25-35% está mantida e a Petrobras continuará buscando financiamento em várias fontes de recursos no Brasil e no exterior, seja no mercado de capitais, bancário, de securitização, agências de fomento, etc.

Durante a revisão do Plano, também foram analisadas as premissas quantitativas relacionadas ao crescimento da economia mundial, taxa de câmbio, preços e margens do petróleo e derivados.

Para 2009 estão previstos investimentos de US$ 28,6 bilhões. Baseado ao preço médio de US$ 37 para o Brent, há necessidade de captar será de US$ 18,1 bilhões. Hoje já temos assegurado um volume de US$ 11,9 bilhões através do BNDES e mais US$ 5,0 bilhões de outras fontes.

Almir Guilherme Barbassa

Diretor Financeiro e de Relações com Investidores

Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS”

(grifos meus)