segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Temporada de resultados, mercados fecham em alta


Impulsionados pela divulgação de resultados corporativos de peso, os mercados tiveram reação positiva nos últimos dias da semana passada. A ata do Copom (Comitê de Política Monetária) destacou uma recuperação econômica e financeira, ainda que tímida - que pode ser lida como de suspensão dos cortes na Selic. O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) referente a julho, apontou deflação de 0,43%.

O risco-país, calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan, permanece na casa dos 260 pontos-base.

Assim como a bolsa brasileira, os principais índices norte-americanos responderam bem à nova onda de resultados corporativos, e fecharam a semana com valorização. Entre os indicadores divulgados nesta semana nos EUA, o Initial Claims, que aponta o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, apesar de ficar acima do esperado pelo mercado, com 584 mil novos pedidos, apresentou a terceira queda seguida.

Na Europa, bolsas também reagiram positivamente nesta semana.

Ao menos aparentemente, a crise de 2008 parece ter ficado para trás. Isso não significa, porém que a economia mundial já se recuperou e que está tudo como em maio de 2008. Há muito trabalho a ser feito, mas como muitas outras crises, essa parece ter durado nove meses. É o que afirma Joelmir Beting. Para ele “todas as crises recentes duraram exatamente nove meses, dando à luz depois a recuperação geral dos negócios. É que o animal chamado mercado não agüenta ficar dez meses parado no meio da pista ou em marcha à ré, pura e simplesmente. (...) Os Estados Unidos estão parando de piorar. A Europa já está piorando cada vez menos e o restante da economia global volta a engatar a segunda marcha. Na China, a quarta marcha, com PIB de 8%”.

Sobre a crise dos nove meses, Joelmir Beting ressalta que “são três meses de choque, três de acomodação e três de reversão. Foi assim nas crises globais de 1990, de 1997, de 2000 (bolha da internet), de 2001 (apagão no Brasil), no 11 de setembro e agora nesta crise, de caráter meramente especulativo. Ou seja, sem caráter”.

Analisando 29 ações (*) do Ibovespa, que juntas representam aproximadamente 80% do movimento da bolsa de São Paulo, os destaques são para as ações a seguir:

GGBR4: tendência de alta e novo sinal de compra repetindo o sinal de 2 semanas atrás. O indicador Estocástico Lento fez um false swing após os preços atingirem a resistência pela segunda vez. Os preços fechamento em R$21,93 se aproximando da resistência em R$22,40 afastando-se do suporte em R$19,05.

CMIG4: indicadores MACD e IFR indicaram compra há 3 dias. Estocástico Lento forneceu sinal de compra há 2 semanas. Preços em R$27,05, próximos da resistência de R$27,20 abandonando o suporte de R$26,00.

ALLL11: preços em leve queda há semanas. Aparentemente a tendência de alta está no início. IFR indicou compra na quinta-feira. Preços fecharam em R$11,78, na resistência em R$11,80 e pouco acima do suporte em R$11,23.

PETR4: preços com comportamento instável e ao redor do suporte em R$31,30. Indicadores dão indicações contrárias (S-RoC = compra, Estocástico Lento = Venda).

AMBV4: tendência de alta. Indicadores recomendaram compra há vários dias. Preços fecharam em R$132,20, a caminho da resistência em R$135,01 e afastando-se do suporte em R$126,65.

As seis ações (*) com comportamento mais positivo nos últimos dias foram: GFSA3; ARCZ6; CSNA3; BRAP4; CSAN3 e EMBR3.

(*) São acompanhadas apenas as seguintes ações: ALLL11, AMBV4, ARCZ6, BBAS3, BBDC4, BRAP4, BRKM5, CESP6, CMIG4, CPFE3, CPLE6, CSAN3, CSNA3, CYRE3, ELET6, EMBR3, GFSA3, GGBR4, GOLL4, ITSA4, LAME4, NATU3, NETC4, PETR4, PRGA3, RSID3, TAMM4, USIM5 e VALE5.

A seguir o gráfico diário dessas ações.

GFSA3



ARCZ6



CSNA3



BRAP4



CSAN3



EMBR3

Nenhum comentário: