A Aracruz é a maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto. Atualmente a empresa é controlada pela Votorantim Celulose e Papel. Pertence ao Nivel 1 e ao Ibovespa. Integra também o Latibex da Bolsa de Madrid.
De acordo com os índices semanais publicados pela empresa finlandesa Foex, que são utilizados como referência pelos investidores, os preços da celulose subiram novamente no mercado internacional nos segmentos de fibra longa e curta.
Na China as importações da celulose de fibra curta subiram 63,5% nos cinco primeiros meses do ano na comparação com igual período do ano passado, o que permitiu a implantação gradual de incrementos nos preços. Nos EUA e Europa, a demanda continua fraca.
Acompanhe na tabela a seguir alguns números da empresa.
Minoritários PN da Aracruz (ARCZ6) receberão R$1,76 por ação.
Após meses de negociação, a VCP (Votorantim Celulose e Papel) firmou a compra de 28,03% da concorrente Aracruz por R$ 2,71 bilhões. O montante representa 127,5 milhões de ações ordinárias.
Os acionistas foram informados que, para cada ação PN da Aracruz, receberão 0,1347 ação da VCP. Isso equivale ao valor de R$ 1,76 para cada ação da Aracruz, uma defasagem de quase 10% em relação ao valor atual do papel. A companhia afirma, porém que vai aderir ao Novo Mercado da BM&F Bovespa, o que obrigaria a conversão das preferenciais em ordinárias e quando essa mudança for efetivada, os acionistas receberão um prêmio adicional de 10% sobre o valor da ação.
Além disso, os minoritários que possuem ações ordinárias, também não terão direito a uma oferta igual à oferecida aos controladores. O valor por ação oferecido aos minoritários corresponderá a 80% do valor negociado para compra do controle da Aracruz.
Ainda há possibilidade de adquirir a parcela da Arainvest, holding financeira controlada pelo Grupo Safra. Caso isso se confirme, a VCP terá, no conjunto, 56,06% de participação na Aracruz, fato que levaria à realização de uma OPA (Oferta Pública de Ações) para firmar a compra das ações ordinárias da Aracruz.
Segundo analistas, a união da empresa com a Aracruz resultará em grandes ganhos de sinergia, principalmente pela redução de custos e de despesas, além do melhor relacionamento comercial. Entretanto a melhora deverá ser gradual, com resultados concretos apenas daqui alguns anos. Para o curto prazo, a empresa deverá enfrentar alguns desafios, visto que nasce com dívidas de R$ 13,4 bilhões.
A Aracruz fechou acordo com vários bancos para renegociar o prazo de pagamento de US$ 2,6 bilhões em operações de câmbio, sendo que US$ 2,1 bilhões são referentes a derivativos, e US$ 550 milhões a pré-pagamento de exportação. O prazo máximo para que a Aracruz liquide essas posições é de nove anos, podendo diminuir para sete anos, dependendo do desempenho operacional e eventos de liquidez. Os juros cobrados serão compostos pela Libor, acrescida de 3,5% ao ano.
A Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec) de São Paulo emitiu um comunicado condenando os termos do negócio. Para o presidente da entidade, Reginaldo Alexandre, medidas adotadas para minimizar os efeitos da crise econômica internacional como fortalecer setores, garantir empregos e ajudar empresas relevantes endividadas ou engajadas em programas de re-estruturação são defensáveis. Não pode haver, no entanto, “assimetrias em favor dos controladores e muito menos a destruição do árduo trabalho de atração do investidor de varejo para o mercado de capitais”.
Para a entidade, o mais correto seria fazer uma Oferta de Aquisição de Ações.
Aracruz - análise gráfica
Apesar das perdas nos últimos 3 anos, as ações da empresa Aracruz apresentaram possibilidade de ganhos nos últimos 6 meses.
As ações da empresa (ARCZ6), apresentaram, nos últimos 3 anos, variação equivalente a -32,7% ao ano. Isso equivale a dizer que as ações valem hoje 30,4% do que valiam há 3 anos, ou seja, apresentaram perda de 69,6%.
Analisando os últimos 6 meses, apesar das perdas no acumulado de 3 anos, os papéis da empresa apresentaram ganho de 155,4%. Quem comprou as ações a R$1,28 em 9/3/2009, pode vendê-las a R$3,27 no pregão de 23/7/2009.
A seguir são analisados os três indicadores de melhor desempenho para esse ativo, considerando os últimos 6 meses, por tipo, ou seja, os de melhor desempenho dentre os indicadores de tendência, momentum e volatilidade.
MACD - Moving Average Convergence/Divergence (tendência)
O indicador MACD (Moving Average Convergence/Divergence), apresenta indicação de Neutralidade. A última indicação de compra foi sinalizada há 6 dias. O sinal de compra se dá quando a linha de sinal do MACD cruza a linha de referência de baixo para cima. Se respeitadas as indicações de compra e venda (barras azuis), os ganhos teriam sido de 82,05% no período.
RoC - Rate of Change (momentum)
O indicador RoC (Rate of Change), apresenta indicação de Neutralidade. A última indicação de venda foi sinalizada há 9 dias. O sinal de venda se dá quando há reversão da tendência (utilizar um indicador de tendência). Se respeitadas as indicações de compra e venda (barras azuis), os ganhos teriam sido de 78,97% no período.
Swing - Indicador de Guinada (volatilidade)
O indicador Swing (Swing), apresenta indicação de Compra. Essa indicação de compra foi sinalizada há 3 dias. O sinal de compra se dá quando a linha de sinal cruzar a linha de referência (MME9) de baixo para cima ou quando a linha de sinal cruzar a linha de Fundo (20%) de baixo para cima. Se respeitadas as indicações de compra e venda (barras azuis), os ganhos teriam sido de 75,9% no período.
Indicadores combinados
A indicação combinada dos 3 indicadores citados é de Compra. Essa indicação de compra foi sinalizada há 3 dias.
Se respeitadas as indicações de compra e venda (barras azuis) combinadas dos três indicadores citados, os ganhos teriam sido de 82,05% nesses 6 meses. A tendência dos preços é de alta.
Atenção aos suportes e resistências que podem indicar pontos de inflexão: R$1,28, R$1,88, R$2,20, R$2,68, R$2,97 e R$3,61. Fechamento de 23/7/2009: R$3,27.
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